No verão de 1857, o fotografo sueco Oscar G. Rejlander criou uma fotocomposição que foi fortemente criticada. Foto montagem, direção de fotografia e utilização de modelos nus não eram comuns e bem aceitos àquela época. Ele apresentou o que vinha a ser a fotografia mais complicada tecnicamente que já tinha sido produzida. Trabalhando em seu estúdio na Inglaterra, Rejlander combinou seletivamente as imagens de 32 diferentes negativos de vidro para produzir uma única e enorme impressão. A dificuldade técnica, bem como a coragem do fotógrafo são os elementos que fizeram esta fotografia tão especial. Embora tenha ocorrido uma forte reação contra o seu trabalho, Rejlander conseguiu atrair abastados compradores, entre estes a rainha Vitória. Ela comprou uma das poucas cópias desta fotocomposição.
A cena que resultou desse complexo trabalho foi concebida para representar os dois caminhos que podem ser escolhidos na vida. O lado direito da imagem representa o caminho da retidão, do justo, com imagem de indivíduos que são associadas à religião, ao conhecimento, à vida de casado, à misericórdia e assim por diante. O lado esquerdo da imagem representa os objetivos não nobres da vida, mostrando da ociosidade ao jogo, da farra ao assassinato. A fotografia à época estava apenas engatinhando como forma de arte, mas o trabalho de Rejlander foi imediatamente reconhecido como uma tentativa de algo mais do que a típica narrativa documental ou fotografias de época. É importante compreender e salientar que uma grande quantidade de conhecimento técnico e ciência foi utilizada nesta composição, mas o mais importante, uma grande dose de arte."
Trecho de tradução livre do livro: " The art and science of digital compositing."
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